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2018 - Aconteceu Bahia

Ano: 2018

  • Donos de frigorífico de “peões” são condenados a 9 anos de prisão por sonegar R$ 23,7 mi

    Donos de frigorífico de “peões” são condenados a 9 anos de prisão por sonegar R$ 23,7 mi

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    Nove anos após dar calote milionário em fornecedores e de fechar as portas sem pagar direitos trabalhistas de funcionários, os donos do Campo Oeste Carnes foram condenados por falsidade ideológica e sonegação de R$ 23,7 milhões em contribuições previdenciárias. O frigorifico estava no nome de dois peões, que seriam “laranjas” do esquema criminoso.

    A sentença da 3ª Vara Federal de Campo Grande, publicada na semana passada, é rara diante dos sucessos escândalos envolvendo o setor. Só nos produtores rurais, conforme relatório da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) divulgado em 9 de março de 2009, o calote foi de R$ 30 milhões.

    De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, a empresa Campo Oeste Carnes deixou de pagar R$ 23,707 milhões em contribuições previdenciárias entre agosto de 2001 e agosto de 2008.

    A empresa estava em nome de laranjas, os peões Sebastião Silva Santos, 77 anos, e Manoel Marques da Silva (falecido). Em depoimento à Polícia Federal, ele manteve a versão de que era dono, apesar de morar em Maracaju.

    Apesar de garantir que frequentava a empresa na Capital, ele não sabia do endereço nem de dados financeiros do frigorífico.

    A mulher de Manoel, Manoelina Ramos Obelar foi mais clara. Ela disse que  o marido nunca foi dono nem sócio da empresa. A família nunca tinha ouvido falar na Campo Oeste Carnes.

    Os reais donos do frigorífico seriam Alberto Pedro da Silva, 84, Alberto Pedro da Silva Filho, 50, e Duílio Vetorazzo, 52. O administrador foi Mário Antônio Guizilini, 59.

    Enquanto os “donos no papel” tiveram movimentação bancária de R$ 770 a 35 mil por ano entre os anos de 2000 e 2004, os sócios de fato movimentaram de R$ 450 mil a R$ 10 milhões. Os Silva residia em Ribeirão Preto (SP).

    “As pessoas físicas registradas como sócias da sociedade não o são em realidade; são, isto sim, figurantes num negócio jurídico simulado em que os verdadeiros sócios se ocultam atrás de interpostas pessoas que emprestam seus nomes para mascarar a realidade subjacente”, destaca o juiz, na sentença.

    Em depoimento à PF, Guizilini deu detalhes do esquema e de quem realmente era o dono e mandava na unidade empresarial. Ele revelou que os peões só emprestaram os nomes.

    “Ao se concentrar sobre o acervo probatório existente nos autos, em especial nos interrogatórios e depoimento das testemunhas, percebe-se que realmente os sócios Sebastião e Manoel apenas emprestaram os seus nomes para a constituição da sociedade”, conclui.

    “Os autores agiram com dolo. A criação de um frigorífico cujos sócios se apresentaram desde o início como interpostas pessoas que emprestaram seus nomes para que os verdadeiros donos pudessem se ocultar revela a premeditação para o cometimento de futuros crimes, entre eles a sonegação de contribuições previdenciárias”, destaca o juiz, para justificar a sentença.

    Alberto Pedro da Silva Filho e Duílio Vetorazzo foram condenados a nove anos e seis meses de prisão em regime fechado e R$ 114 mil em multa (equivalente a 114 dias-multa de três salários mínimos). O patriarca, Alberto Pedro Silva, que acabou sendo beneficiado pela prescrição de alguns crimes devido a idade, foi condenado a sete anos e nove meses de reclusão em regime fechado.

    O “laranja” Sebastião Silva Santos também escapou de uns crimes por causa da idade avançada, mas foi condenado a cinco anos e 10 meses em regime semiaberto.

    O administrador não foi condenado porque responde a processo em separado.

    O Campo Oeste Carnes fechou as portas em 2009 sem pagar salários nem direitos trabalhistas de 410 operários. O abatedouro acabou reativado no mesmo ano pelo grupo paranaense Beef Nobre.

    A empresa está com os bens bloqueados em por duas ações milionárias. Somente em uma, a Procuradoria da Fazenda Nacional cobra R$ 24,9 milhões. Na outra pede o pagamento de R$ 10 milhões referentes a seguridade social.

    Como podem recorrer da sentença de nove anos em liberdade nem foram obrigados a pagar os R$ 23,7 milhões, os donos do frigorifico ainda estão no lucro.

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  • Inviável HC impetrado em favor de acusados do homicídio de jornalista no MA

    Inviável HC impetrado em favor de acusados do homicídio de jornalista no MA

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    O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento (julgou inviável) ao Habeas Corpus (HC) 124346, em que a defesa de José de Alencar Miranda Carvalho e Gláucio Alencar Pontes Carvalho – pai e filho, que irão a júri popular acusados de serem os mandantes do assassinato do jornalista Décio Sá – pediam para que ambos aguardassem o julgamento em liberdade.

    O jornalista responsável pelo “Blog do Décio” foi assassinado a tiros em abril de 2012, quando estava num bar da Avenida Litorânea, na orla marítima de São Luís (MA). No HC, a defesa dos dois acusados alegava que a custódia de ambos seria ilegal por uma série de motivos, entre eles a suposta inércia dos órgãos acusatórios, o cabimento de medida restritiva diversa e o longo tempo de custódia, “inclusive em desfavor de um idoso”.

    Ao rejeitar o HC, o ministro Fux afirmou que a decisão do Superior Tribunal de Justiça que determinou a baixa dos autos de recurso ordinário em habeas corpus ao Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), para colher contrarrazões do Ministério Público estadual, não evidência constrangimento ilegal. “Inexiste coação ilegal por eventual demora do recurso no STJ, porquanto a própria parte afirma ser o TJ-MA o responsável por tal retardamento”, ressaltou.

    O ministro destacou ainda que “não tendo o Superior Tribunal de Justiça examinado as extensas razões da impetração, a análise no STF constitui indevida supressão de instância e, via de consequência, afronta às rígidas normas constitucionais definidoras da competência dos tribunais superiores”.

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  • Ex-companheira e ex-cunhado foram os mandantes do assassinato de advogado em Caruaru

    Ex-companheira e ex-cunhado foram os mandantes do assassinato de advogado em Caruaru

    Read Time:2 Minute, 35 Second

    Eles foram presos durante operação da polícia civil, que cumpriu outros mandados de prisão preventiva de outros envolvidos no crime

    José Isaac Ferreira de Almeida e Isadora Ferreira de Almeida foram os mandantes do assassinato do advogado André Ambróssio Ribeiro Pessoa ocorrido em Caruaru, Agreste do Estado, no último mês de julho. Eles são, respectivamente, ex-cunhado e ex-companheira da vítima, de acordo com informações dadas em coletiva realizada pela Polícia Civil, nesta segunda-feira (1º), na Operação Patronus.

    O crime foi executado por Ramon Reis da Silva, a pessoa que desceu do veículo e efetuou os disparos. Outras duas pessoas também estão envolvidas no crime, uma delas era o proprietário do veículo usado pelo assassino e o outro teria dado suporte na fuga do executor, assim como prestado informações sobre o horário em que o advogado deixaria a criança que estava no carro, que era filha do advogado com a ex-companheira.

    De acordo com o delegado Rodolfo Barcelar, a motivação do crime teriam sido as ameaças que a vítima estaria fazendo aos mandantes, em face do envolvimento dos dois em um esquema de lavagem de dinheiro. O advogado também era sócio em algumas empresas com a ex-companheira.

    “A motivação foi relacionada ao tipo de atividade que a vítima exercia junto com a ex-companheira, com quem mantinha sociedade em algumas empresas. O advogado estava tendo prejuízo financeiro, e por conta disso passou a fazer ameaças de que ia entregar a ex-companheira e o ex-cunhado, envolvidos em uma suposta lavagem de dinheiro”, contou o delegado.

    O executor, Ramon Reis da Silva – que já se encontrava preso pela prática de outro homicídio – estava à espera do advogado em frente à casa que ocorreu o crime, acobertado por Emerson Henrique de Azevedo, conhecido como ‘Bê’ – que teria acompanhado a rotina do advogado e o horário em que ele retornaria para deixar a filha.

    Já José Jameson de Sales, o ‘Jairzinho’, era o proprietário do veículo utilizado na morte da vítima. Ele, junto com ‘Bê’, integram uma organização criminosa acusada de diversos assaltos na região. “Os dois são conhecidos pela prática de crimes em cidades como Cupira, por exemplo. E Ramon estava morando em Caruaru há pelo menos cinco meses. O trio passou a atuar juntos em Caruaru e outras cidades da região”, completou Barcelar. O ex-cunhado da vítima está foragido. Todos os envolvidos foram indiciados por diversos crimes, entre eles homicídio, emboscada e associação criminosa.

    Entenda o caso:

    O advogado André Ambrósio Ribeiro da Silva foi executado no último mês de julho, no Loteamento Itamaraty, localizado na cidade de Caruaru, Agreste do Estado. Imagens de câmera de segurança mostraram o momento da execução, quando a vítima para o carro em frente a uma casa e tira a filha do veículo.

    Em seguida, um homem armado abordou o advogado, que entregou a criança a uma babá que também saiu do carro. Quando a mulher se afastou, a vítima foi obrigada a deitar no chão, sendo atingida por vários disparos na cabeça. O advogado morreu no local.

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  • Responsável por posto que explodiu é dono de outro posto que pegou fogo em 2017

    Responsável por posto que explodiu é dono de outro posto que pegou fogo em 2017

    Read Time:2 Minute, 27 Second

    O responsável pelo posto de gasolina que explodiu nesta terça-feira na Zona Norte de São Paulo é dono de um outro posto que também foi alvo de uma explosão em 2017. Quando as explosões aconteceram, os dois postos funcionavam de maneira irregular porque estavam sem licença de operação.

    O empresário Mohamad Hussein Mourad, responsável pelo posto, esteve no local nesta quarta-feira, acompanhando os trabalhos de remoção dos escombros por uma empresa de demolição contratada por ele. Ele também conversou com policiais militares que estavam no local. O posto se chama Auto Posto Novo Conceito 1 e fica na Avenida Imirim, na Zona Norte da capital.

    O outro posto que explodiu é o Auto Posto Vip 2 e fica na Rua Maria Amália Lopes Azevedo, também na Zona Norte. Em junho de 2017, esse posto foi alvo de um incêndio causado por três fortes explosões no momento em que dois caminhões-tanques faziam uma transferência de combustível para o reservatório do posto.

    O script foi praticamente o mesmo de agora: as explosões provocaram forte estrondo, assustaram a vizinhança e deixaram três funcionários feridos. Na explosão da última terça, sete pessoas ficaram feridas e cerca de 20 imóveis sofreram prejuízos.

    Nas duas ocasiões, os postos não tinham licença de operação da Cetesb, a companhia ambiental do estado, ou seja, estavam funcionando de forma irregular. No posto da Avenida Imirim, a licença estava vencida há sete meses. No outro, nunca chegou a ser emitida. Nas datas das explosões, os dois postos tinham elementos visuais da bandeira Ale, embora a empresa já não tivesse mais contrato com os estabelecimentos.

    O posto que pegou fogo no ano passado está registrado na Junta Comercial em nome de Mohamad Hussein e de um familiar dele chamado Hussein Ali Mourad. Já o posto que explodiu nesta semana está em nome de Rita Cosmo Nunes e de Jean Carlos Pereira. O endereço residencial informado por Rita na Junta Comercial é o mesmo de Mohamad, na própria Avenida Imirim.

    O problema é que no local funciona um consultório odontológico há mais de cinco anos. A reportagem da CBN telefonou para o estabelecimento, mas a atendente afirmou que nenhuma dessas pessoas trabalha ou mora ali.

    Já o endereço residencial informado por Jean Carlos Pereira é, na verdade, outro posto de gasolina, na Avenida Santa Inês, no Parque Mandaqui.

    A Polícia Civil ouviu nessa terça-feira várias testemunhas para elaborar o boletim de ocorrência. Um inquérito para investigar o caso vai ser instaurado ainda nesta semana. O delegado Evaldo Pedrosa Bastos, do 28º DP, da Vila Amália, vai convocar novamente as testemunhas após a abertura das investigações.

    Nesta quarta-feira, peritos retomaram os trabalhos no posto. O laudo que vai apontar as causas da explosão deve ficar pronto em no máximo 30 dias.

    A reportagem da CBN entrou em contato com o escritório de advocacia que atende o empresário Mohamad, mas não teve retorno. Os demais citados não foram localizados.

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  • Empresa de consórcio da PPP da iluminação de SP é acusada de desvio de R$ 100 milhões no Amazonas

    Empresa de consórcio da PPP da iluminação de SP é acusada de desvio de R$ 100 milhões no Amazonas

    Read Time:2 Minute, 35 Second

    Tribunal de Contas de SP recomendou que Prefeitura suspenda contrato de PPP da iluminação por suspeita de pagamento de propina.

    A empresa CLD construtora, integrante do consórcio FM Rodrigues, que assinou contrato de parceria público-privada (PPP) de iluminação pública com a Prefeitura de São Paulo, é acusada de participar de desvio de quase R$ 100 milhões da Prefeitura de Manaus em.

    A CLD e um de seus sócios, Jorge Marques Moura, já tiveram seus bens bloqueados pela Jjustiça do Amazonas, em 2015, por conta da denúncia de desvio. Na época, a construtora CLD tinha outro nome – Consladel.

    Um trecho da decisão que determinou o bloqueio de bens diz que houve “atuação do núcleo político para beneficiar a empresa Consladel”. O documento ressalta que, segundo o Ministério Público, “o prejuízo ao erário se deu por meio da contratação da empresa Consladel para a execução de serviços (…) no valor de R$ 92,2 milhões”.

    A consladel, que agora se chama CLD, também é investigada pelo Ministério Público de São Paulo pelo pagamento de propina para uma ex-diretora do Ilume, Departamento de Iluminação Pública da Prefeitura da capital paulista. A empresa teve e sigilo bancário quebrado na investigação. Um de seus sócios, Labib Auad, é quem assina o contrato com a prefeitura paulistana.
    Por meio de nota, a CLD construtora informou que o contrato com a Prefeitura de Manaus teve suas contas aprovadas pelo Tribunal de Contas do Amazonas. O consórcio FM não quis se manifestar sobre o caso.

    A Prefeitura de São Paulo disse que determinou à Secretaria de Serviços e Obras que notifique a concessionária da PPP da iluminação para que se limite a executar os serviços estritamente ligados à manutenção da iluminação pública da cidade, até que seja concluída a investigação em curso na Controladoria geral do município.

    O governador do Amazonas, Amazonino Mendes, que era prefeito de Manaus na época da contratação da empresa investigada, disse que esse é um processo antigo em que foi inocentado.

    Tribunal pede suspensão de contrato
    Na manhã desta quarta-feira, o Tribunal de Contas do município de São Paulo recomendou que a gestão do prefeito João Doria suspenda o contrato com o consórcio. A PPP da iluminação em São Paulo foi assinada a um custo de quase R$ 29 milhões por mês. O contrato é válido por 20 anos, com valor total de quase 7 bilhões.

    “Nós estamos recomendando que, diante das denúncias e diante dos fatos trazidos aos autos e diante de algumas irregularidades numa apuração da nossa auditoria, o razoável seria pela anulação [do contrato com a Prefeitura]. Não compete ao tribunal essa determinação, compete ao tribunal nesta fase uma recomendação”, afirmou João Antônio da Silva Filho, presidente da Corte.

    Áudio de assessora fala em ‘roubalheira’
    Nesta terça-feira, a Rádio CBN divulgou o áudio de uma conversa entre uma assessora jurídica e uma auxiliar de Denise Abreu, então diretora da Ilume, que indica irregularidades no contrato.

    “Essa PPP… É uma roubalheira. Ela [Denise Abreu] vai lucrar um monte. Pensa no valor do contrato… R$ 7 bilhões. Pensa em 10%… Direto no bolso.”, diz a assessora jurídica no áudio.

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