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Arquivo de Minas Gerais - Aconteceu Bahia

Tag: Minas Gerais

  • Natal à Brasileira: Conheça as moringas que levam a nossa cultura e identidade à mesa

    Natal à Brasileira: Conheça as moringas que levam a nossa cultura e identidade à mesa

    Read Time:5 Minute, 54 Second

    Reconhecidas como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, elas resultam de tradição que começa antes de 1500

     

    Presentes no cotidiano da casa brasileira e reconhecidas como Patrimônio Cultural Imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional – IPHAN, as moringas artesanais têm atravessado gerações estando entre os objetos mais populares no armazenamento de água. De origem incerta, mas presente nas culturas egípcia (3.000 a.C.) mesopotâmica (2.500 a.C.) e indígena-americana desde o período pré-colombiano, elas têm atravessado milênios permanecendo como um objeto utilitário que carrega fortes influências culturais de seus produtores. No Brasil, embora elas sejam encontradas em diversos materiais e regiões do país, elas ganham interpretações distintas a depender dos materiais e influências locais, absorvendo grafismos, pinturas e formatos que remetem à estética da fauna e da flora brasileira. 

    “É comum que as pessoas associem a produção de moringas à região nordeste, porque é justamente no sertão, com todos os desafios encontrados para o armazenamento de água, que surgem algumas das representações mais emblemáticas de moringas, sobretudo em Tracunhaém (PE), que teve uma produção emblemática com peças antropomórficas. Mas fazendo um recorte no que tem sido produzido hoje – unido a tradição do feito à mão ao design – os estados de Minas Gerais e Bahia têm se destacado por sua capacidade de refletir as culturas de suas regiões a partir do barro, da pedra sabão, entre outros materiais”, afirma Lucas Lassen, curador e diretor da Paiol, marca de objetos artesanais que reúne mais de 50 moringas em seu acervo. 

    Apresentando propriedades físicas variadas, as moringas costumam ser impermeáveis, resistentes ao fogo até 1000°C e quimicamente neutras. Além disso, proporcionam isolamento térmico e resfriamento, tornando-as ideais para armazenar água, conservar bebidas e, sobretudo, decorar. Seus benefícios para a saúde incluem redução do consumo de plásticos, ausência de substâncias tóxicas e conservação de nutrientes. Essas características tornam as moringas de barro uma opção prática, ecológica e culturalmente relevante.

     

    No principal pólo cerâmico das Américas, em Maragogipinho, na Bahia, as peças têm influências dos três povos formadores da nossa identidade – Foto Penellope Bianchi

    Ainda de acordo com Lassen, a possibilidade de percorrer as diferentes regiões lhe deu a chance de perceber claramente como um mesmo objeto, com o mesmo objetivo, é capaz de refletir as características materiais e culturais de cada local. Da Bahia, por exemplo, o destaque fica para Maragogipinho, vilarejo da cidade de Camaçari, tido como o maior polo cerâmico da América Latina. De cor naturalmente avermelhada por conta do barro conhecido como Tauá, as peças – quase sempre utilitárias – têm influência majoritariamente de comunidades indígenas da região. Porém, o estilo adotado hoje na região também teve contribuições europeias e de africanos e quilombolas que se estabeleceram na região. Os motivos florais aparecem com frequência não só em moringas, mas também em panelas, vasilhas, estatuetas, peças decorativas e louças. 

     

    A etnia Kiriri é um dos povos indígenas da Bahia que produzem moringas a partir do barro – Foto Penellope Bianchi

    Também da Bahia, no povoado de Pau Ferro, pertencente ao município de Palmeiras, indígenas da etnia Kiriri são reconhecidos pela sua diversidade artesanal com diversos materiais. A partir do barro, eles produzem peças utilitárias, dentre elas as moringas. Assim como nas peças de Maragogipinho, elas também recebem grafismos feitos a partir de pigmentos naturais, desenvolvidos a partir da argila Tabatinga, que costuma ser encontrada em rios e locais úmidos e costumava ser utilizada no acabamento de casas de pau a pique.

    No norte de Minas Gerais, entre os rios Itacarambi e Peruaçu, região que compartilha características parecidas com o semiárido e a caatinga nordestina, a produção cerâmica também se encontra entre as mais representativas das Américas. Também de origem indígena, Nei Leite, da etnia Xakriabá, cria moringas zoomórficas inspiradas na fauna e na mitologia de seu povo, representando onças, peixes, tatus, cobras, seriemas, gaviões, entre outras. Na crença Xakriabá toda vez que o gavião coã canta é sinal de que alguém irá morrer. Todas as suas peças recebem pigmentos naturais que puxam para a terracota, o ocre, entre outros tons. 

    Mantendo a tradição indígena de inspiração nos elementos da natureza, Nei Leite, da etnia Xakriabá, faz peças zoomórficas com símbolos da fauna de sua região – FOTO Penellope Bianchi

    No Vale do Jequitinhonha, no nordeste de Minas, grandes mestres artesãos também tem suas moringas tradicionais, chamadas por lá de botijas. O formato mais popular tem uma ponta fina, base arredondada, tampa e é acompanhada de um copo e um prato. “O que traz identidade a cada uma delas é o estilo de cada artesã. Utilizando pigmentos naturais produzidos a partir de diferentes tonalidades de barro, há peças feitas com pingos, outras com arabescos, outras com motivos florais, mas sempre seguindo as mesmas técnicas tradicionais”, afirma o curador.  

    Por lá, as famosas bonecas, popularizadas sobretudo pela mestre Dona Isabel, partem da estrutura básica de uma moringa. “Esta é uma característica específica só encontrada no Vale que é a adaptação da estrutura base da moringa para a criação de bonecas de barro. É por isso que as cabeças das bonecas saem, por exemplo”, ressalta Lassen que destaca também o trabalho de artesãs que extrapolam os formatos tradicionais, como Irene Gomes da Silva, com a Moringa em formato de Noiva, e a Adriana Gomes, com as moringas em formato de cactos.

     

    A moringa Noiva é um das peças que fogem ao tradicional modelo do Vale do Jequitinhonha – que pode ser vista ao meio – e a moringa Cacto já uma produção mais recente – FOTO Paiol e Penellope Bianchi

    Outra região mineira que também tem destaque na produção de moringas é a cidade de Santa Rita, situada a 30km de Ouro Preto. Conhecida como a capital mundial da pedra sabão, a cidade conta com artesãos que produzem panelas, copos, jarras e moringas. O povoado foi fundado no século XVIII por bandeirantes em busca de ouro. O local não era rico em metais preciosos, mas os colonos encontraram a esteatita (pedra sabão), muito abundante na região. Assim, o bordado em pedra sabão, original e de padrão único, ganhou notoriedade internacional. Seu formato também segue um padrão com gargalo mais fino, base oval e um copo no mesmo material que serve como tampa. 

     

    Em Santa Rita, a pedra sabão ganha versões lisas ou com pinturas, quase sempre com motivos florais – FOTO Penellope Bianchi

    O território brasileiro ainda abrange muitas outras regiões importantes na produção de moringas como em Passagem, na Bahia, Cascavel, no Ceará, Tracunhaém, no Pernambuco, passando por várias comunidades onde a cerâmica é parte da tradição artesanal e das vivências locais. “Embora este seja apenas um recorte de algo que é muito maior, eu espero que com a renovação das gerações, nós possamos ver novas produções que prolonguem e mantenham vivas as riquezas da nossa produção cerâmica, sobretudo das moringas, objetos que estão diretamente ligadas à nossa cultura popular e à nossa identidade enquanto povo”, finaliza Lucas. 

    Todas as peças podem ser encontradas em www.lojapaiol.com.br

    Angelo Miguel | Bacuri Comunicação
    1198437-9422
    angelo@bacuricomunica.com
    www.bacuricomunica.com
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  • Polícia Investiga Morte de Idoso após Erro em Quimioterapia em Belo Horizonte

    Polícia Investiga Morte de Idoso após Erro em Quimioterapia em Belo Horizonte

    Read Time:1 Minute, 35 Second

    A Polícia Civil de Minas Gerais iniciou uma investigação para apurar a morte de Nilton Carlos Araújo, de 69 anos, após um erro médico em uma sessão de quimioterapia em uma clínica localizada em Belo Horizonte. Nilton faleceu na última sexta-feira (23), depois de receber, de uma só vez, a dosagem de medicamento que deveria ser administrada ao longo de todo o mês na clínica MedSênior, no bairro Gutierrez, na região Oeste da capital mineira.

    Carolina Araújo, filha de Nilton, revelou que o enfermeiro responsável admitiu ter aplicado a dose incorreta. “Hoje entraram em contato comigo e confirmaram que o enfermeiro reconheceu o erro, inclusive confirmando minhas suspeitas sobre as dosagens. Fui à clínica para buscar o prontuário do meu pai, mas me negaram o acesso, alegando ser um documento pessoal do paciente”, relatou ela.

    Carolina explicou que sempre acompanhava o pai em suas consultas médicas e durante todas as sessões de quimioterapia. “Quando vi o enfermeiro chegando com quatro seringas de medicamento, perguntei se eram realmente quatro, e ele respondeu que sim, procedendo com a aplicação de todas elas”, disse.

    A polícia informou que o corpo de Nilton foi submetido a exame de necropsia e que aguarda a finalização dos laudos periciais para prosseguir com as investigações.

    Enfermeiro Afastado pela Clínica

    O centro de saúde MedSênior confirmou à reportagem o afastamento do enfermeiro envolvido no caso.

    Em nota oficial, a MedSênior expressou pesar pelo ocorrido e afirmou estar conduzindo uma investigação detalhada para entender todas as circunstâncias que levaram à morte de Nilton Carlos Araújo, visando apurar os fatos e identificar os responsáveis. A clínica informou ainda que o funcionário permanecerá afastado até que os fatos sejam completamente esclarecidos.

    “A empresa lamenta profundamente o ocorrido, expressa sua solidariedade à família de Nilton e reafirma seu compromisso em seguir rigorosamente todos os protocolos estabelecidos para garantir a segurança e integridade de seus pacientes”, finalizou o comunicado.

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  • Nikolas Ferreira vira réu em processo por exposição de adolescente trans nas redes sociais

    Nikolas Ferreira vira réu em processo por exposição de adolescente trans nas redes sociais

    Read Time:2 Minute, 55 Second

    Em julho do ano passado, deputado federal publicou vídeo em que critica presença de adolescente trans em um banheiro feminino. O parlamentar se manifestou pelas redes sociais.

    O Tribunal de Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e tornou réu o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) no caso envolvendo a publicação de um vídeo de uma adolescente trans utilizando o banheiro feminino de uma escola particular de Belo Horizonte.

    Em 2022, o deputado federal, até então vereador da capital, veiculou um vídeo nas redes sociais em que mostra e critica a presença de uma adolescente transexual em um banheiro feminino de um colégio. (relembre abaixo)
    Procurado pelo g1, o parlamentar não se manifestou sobre o assunto, mas se pronunciou nas redes sociais.

    “Eu não filmei nenhum vídeo, foi minha irmã (menor de idade) que filmou o [sic] trans dentro do banheiro feminino da escola dela. Momento nenhum mostro o rosto ou identidade do [sic] trans no vídeo que denunciei, como irmão e cidadão. A justiça recebeu a denúncia, que é um procedimento padrão. O resto é narrativa e perseguição”, disse Nikolas.

    Homotransfobia
    O MPMG denunciou o deputado em abril pelo crime de homotransfobia, enquadrado na Lei do Racismo, conforme previsto por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

    Na decisão, a juíza acolheu a denúncia contra o deputado e, como é praxe, levantou a possibilidade de suspensão condicional do processo e o oferecimento de um Acordo de Não Persecução Penal — em que as partes negociam o que será ou não cumprido pelo acusado.

    O MP se manifestou contrário à proposta e manteve o pedido de condenação político. A denúncia, que continuará sendo analisada pela Justiça, pediu como punição ao deputado perda de mandato, cassação dos direitos políticos e indenização como dano moral coletivo no valor de cem salários mínimos.

    Na denúncia, o MPMG avaliou que houve “verdadeiro discurso que incita ao ódio às pessoas transexuais, na medida em que se caracteriza como verdadeiro ataque à dignidade dessas pessoas”.

    “Embora [a decisão] reflita mero juízo de admissibilidade da acusação, não deixa de significar importante passo na construção de um consenso básico, dentre vários necessários, que deve prevalecer na sociedade brasileira. Consensos que consigam ultrapassar as trincheiras ideológicas, as opções político-partidárias e as crenças religiosas e que tenham por fundamento a Constituição Federal e os princípios nela consagrados, como o respeito aos direitos humanos, à liberdade, à igualdade e à dignidade das pessoas”, celebrou o promotor Mario Konichi Higuchi Junior, responsável pela denúncia.
    A denúncia foi aceita no último dia 19 e Nikolas foi citado nesta quinta-feira (21), em decisão da 5ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte, juizado de primeira instância.

    Relembre o caso
    O caso aconteceu em julho de 2022. Na ocasião, ele publicou um vídeo gravado pela irmã dele, aluna da escola, que mostra a adolescente utilizando o banheiro feminino, e questiona a presença dela, alegando “se tratar de um menino”. Ferreira ainda incentiva que os pais tirem os filhos daquela escola.

    O vídeo teve milhares de visualizações e foi alvo de críticas por opositores, que apontaram transfobia. As então vereadora da capital, Bella Gonçalves e Iza Lourença, ambas do Psol, se mobilizaram e denunciaram o caso ao MPMG, que levou para a Justiça.

    As parlamentares alegaram que a publicação de Nikolas expõe a adolescente e “incita os posicionamentos contrários à garantia de direitos da população transgênera”. Diz ainda que fere direitos previstos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e também pela Constituição.

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  • Clientes lesados pela 123 Milhas poderão incluir nome em lista de valores a receber; saiba como

    Clientes lesados pela 123 Milhas poderão incluir nome em lista de valores a receber; saiba como

    Read Time:1 Minute, 12 Second

    Consumidores poderão pedir inclusão, exclusão ou alteração nos valores a receber assim que houver publicação da lista oficial de credores.

    Os clientes que foram lesados pela crise da 123 Milhas podem acessar o site “RJ123Milhas” para pedir inclusão, exclusão ou apontar inconsistências na lista de valores a receber.

    A plataforma foi criada após pedido do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) como parte do processo de recuperação judicial da agência de viagens.
    A lista oficial com as pessoas com valores a receber ainda não foi disponibilizada.
    Após a publicação, haverá um prazo de quinze dias para habilitação de crédito (inclusão do nome) ou divergência de crédito (exclusão de nome ou correção de valores).
    Duas administradoras judiciais ficaram responsáveis pela criação da plataforma, após nomeação da pela juíza Claudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte.

    Vale ressaltar que a administração judicial conduzida pelas administradoras não tem relação com a empresa 123 Milhas e não são responsáveis por pagamentos ou emissões de passagens.

    O intuito dessas nomeações é auxiliar o Judiciário no processo, considerando o grande número de consumidores afetados, na facilitação de acordos coletivos e na verificação de créditos.

    Passo a passo
    Para solicitar o requerimento para inclusão ou exclusão na lista de credores, basta seguir o passo a passo abaixo:

    Entre no site RJ123Milhas clicando aqui;
    Crie o cadastro na aba “Cadastre-se/Login”;
    Preencha o formulário que estará disponível na aba “Área do Credor”.

     

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  • Médico é condenado por violência sexual contra paciente em MG; cirurgião é suspeito de abusar de pelo menos 11 mulheres

    Médico é condenado por violência sexual contra paciente em MG; cirurgião é suspeito de abusar de pelo menos 11 mulheres

    Read Time:4 Minute, 45 Second

    Hudson de Almeida, de 56 anos, estava foragido desde abril e foi preso julho. Ele foi condenado a três anos e seis meses de prisão.

    O médico-cirurgião Hudson de Almeida foi condenado por violação sexual mediante fraude contra uma paciente. Ele é suspeito de abusar de pelo menos 11 mulheres em Alfenas (MG).

    Segundo a sentença do juiz Elias Aparecido de Oliveira, Hudson foi condenado a três anos e seis meses de prisão. Ele não poderá recorrer em liberdade.

    Hudson está preso desde julho. Ele foi localizado em um apartamento de luxo em São Paulo (SP), após ficar três meses foragido.

    Além da prisão, o médico-cirurgião deverá pagar uma reparação por danos morais de R$ 30 mil. O valor deverá ser corrigido monetariamente e acrescido de juros de 1% ao mês.

    De acordo com o advogado da vítima, Diogo Cassiano Fernandes, apesar da condenação do médico, a sentença foi abaixo da esperada.

    “Em teste de DNA foi identificado que o acusado de fato praticou a conjunção carnal com a vítima, onde, por meio de suas atitudes previamente arquitetadas, foi possível identificar pelo Juiz da causa a fraude praticada no intuito de aproveitar-se da vulnerabilidade da paciente que acreditava estar se passando em apenas mais uma consulta, quando foi covardemente violada. […] A pena seria próxima da máxima, 6 anos, o que foi bem abaixo do esperado pela acusação”.

    Quem é Hudson de Almeida?
    Suspeito de abusar de pelo menos onze mulheres, Hudson de Almeida tem 56 anos, é médico e cirurgião plástico em Alfenas (MG). Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o médico era procurado desde abril, quando foi expedido um mandado de prisão por crime de violação sexual mediante fraude.

    Conforme o currículo Lattes, ele possui graduação em Medicina Humana. No Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRMMG), o médico foi registrado nas especialidades de Cirurgia Plástica e Cirurgia Geral.

    Hudson de Almeida cumpriu especialização e residência médica no Hospital das Clínicas Samuel Libânio, em Pouso Alegre (MG), e Hospital Universitário Alzira Velano, em Alfenas (MG); neste último, atuou também como médico.

    Na carreira acadêmica, era frequentador de congressos de estudos, com diversas publicações de artigos na área da Saúde. Também é membro da Associação Médica de Pouso Alegre.

    Hudson também foi professor universitário na disciplina de “Bases da Técnica Cirúrgica”; além de cirurgião plástico do hospital universitário na Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas), em Alfenas.

    Também em Alfenas, o médico atendia em uma clínica particular de propriedade própria e na Santa Casa da cidade. Em Varginha, o cirurgião também chegou a dar plantões de sobreaviso em cirurgias emergenciais no Hospital Bom Pastor.

    Investigação
    A investigação começou após denúncia registrada por uma vítima. Conforme a polícia, era possível que existissem mais vítimas. Posteriormente, o médico foi denunciado por mais mulheres em Alfenas.

    Hudson de Almeida responde a dois inquéritos por abuso sexual mediante fraude. Em um deles, de 2021, três mulheres denunciaram à Justiça situações constrangedoras que tiveram com ele.

    Conforme as investigações, o crime era praticado quando as mulheres iam à consulta e passavam por procedimentos não autorizados.

    Em agosto de 2022, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na casa e no consultório do médico investigado. Durante as buscas, foram apreendidos aparelhos eletrônicos.

    Em um segundo inquérito, encerrado em março deste ano, uma mulher de 33 anos também acusou o médico por abuso sexual. Ele também foi indiciado pelo crime e denunciado ao Ministério Público.

    A prisão preventiva do médico foi expedida no dia 13 de abril, mas o mandado só chegou no dia 19 de abril. A Polícia Civil informou que foi até todos os endereços do médico, mas ele não havia sido encontrado.

    Prisão
    Na madrugada do dia 21 de julho, o médico foi preso em um apartamento de alto luxo na Zona Sul de São Paulo, após a filha dele deixar o imóvel.

    Depois de ficar três meses foragido, foi encontrado de barba e bem diferente da foto que era divulgada pela polícia enquanto procurado. “No momento da prisão, ele não esboçou nenhuma reação, nenhuma resistência”, disse a polícia.

    A prisão do médico é resultado de trabalho conjunto da Polícia Militar e do Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais (Caocrim) e da 4ª Promotoria de Justiça de Alfenas, que fez o pedido de prisão diante da possibilidade do médico praticar novos delitos, considerando sua especialidade de cirurgião plástico.

    Segundo o MP, o médico iniciava o atendimento das vítimas de forma profissional, realizando atos típicos e próprios de seu ofício. Porém, a certa altura, passava a praticar o abuso sexual sem que as próprias vítimas, no exato momento, percebessem que estavam sendo abusadas.

    Após a prisão, a Polícia Militar informou sobre as denúncias feitas contra o médico. Segundo o capitão Cristiano Araújo, cerca de 11 mulheres relataram identificar algumas características do atendimento que levantaram suspeita de terem sido vítimas de violação sexual mediante fraude.

    “Basicamente elas acreditavam que estavam diante de um atendimento hospitalar tradicional, dentro dos protocolos próprios, e foram enganadas”, informou a PM.

    O médico será encaminhado ao sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça. Segundo o advogado de defesa, Gustavo Barbosa, ainda não há informações sobre a transferência do médico para o sistema prisional mineiro.

    Os advogados de defesa de Hudson de Almeida, Gustavo Peres Barbosa, Rodrigo Lemos Urias e Valter José Cardoso, informaram em nota que o cumprimento do mandado de prisão não altera a realidade dos fatos e que a defesa tem absoluta convicção sobre a inocência dele.

    A defesa também informou que nos próximos dias o decreto de prisão será reavaliado pelo próprio TJMG, que poderá fazer prevalecer o que prescreve a lei processual.

     

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  • Procon-RJ diz que 123 Milhas faltou a todas as audiências de conciliação e alegou custos, apesar de as sessões serem on-line

    Procon-RJ diz que 123 Milhas faltou a todas as audiências de conciliação e alegou custos, apesar de as sessões serem on-line

    Read Time:3 Minute, 3 Second

    Entidade de defesa fluminense já encaminhou à Justiça de MG 2,2 mil reclamações. Empresa está sob recuperação judicial.

    O Procon do Estado do Rio de Janeiro (Procon-RJ) informou à Justiça de Minas Gerais que a 123 Milhas faltou a todas as audiências de conciliação com clientes que tiveram problemas com viagens. Nesta segunda-feira (18) completa 1 mês que a empresa anunciou a suspensão dos seus pacotes promocionais.

    “Até o momento, registramos 2.210 queixas só nos nossos canais de atendimento, fora as registradas na plataforma consumidor.gov”, destacou Cássio Coelho, presidente do Procon-RJ.

    “Notificamos a empresa de todas as reclamações. Recebemos a resposta de que não participariam das audiências de conciliação no Procon devido ao número de processos bem como de não ter como arcar com os custos de correspondentes, apesar de as audiências serem virtuais”, destacou Coelho.

    “Vamos seguir com os processos administrativos e acompanhar as decisões judiciais”, emendou.

    Recuperação judicial
    A 123 Milhas está sob recuperação judicial desde o fim de agosto, quando a Justiça mineira aceitou o pedido para o processo andar. Assim, estão suspensas ações e execuções de dívidas contra a firma por 180 dias.

    Na semana passada, porém, a 15ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte determinou o bloqueio de até R$ 50 milhões em bens e valores em nome de Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, sócios da 123 Milhas. Ainda cabe recurso.

    É a primeira vez que a Justiça concede bloqueio dos bens de envolvidos na crise da 123 Milhas. O juiz também determinou que não haja mais diferenças entre as responsabilidades da empresa e dos sócios. Ou seja, na prática, tanto as pessoas físicas de Ramiro e Augusto quanto as jurídicas da agência de viagens e da Novum Investimentos (acionista da 123) responderão pelo processo.

    A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público de Minas Gerais e da Defensoria Pública de Minas Gerais, que propuseram o bloqueio de bens avaliados em 1% do faturamento da empresa em 2022 como tentativa de garantir a execução das obrigações da firma junto às pessoas afetadas pela crise.

    Também foram requisitados a intervenção judicial e o bloqueio dos bens da empresa, mas esses pedidos não foram atendidos pela Justiça, já que a agência de viagens está em recuperação judicial.

    O bloqueio de bens dos sócios da empresa é mais um capítulo na crise que começou em agosto na 123 Milhas, após o anúncio da suspensão da emissão de passagens dos pacotes promocionais.

    Poucos dias depois da suspensão, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial, que foi acatado pela Justiça em 31 de agosto.

    O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais e pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, na Câmara dos Deputados.

    O que diz a 123 Milhas
    A 123 Milhas ressalta que permanece fornecendo dados, informações e esclarecimentos às autoridades competentes sempre que solicitados. A empresa e seus gestores se disponibilizam, em linha com seus compromissos com a transparência e a ética, a construir conjuntamente medidas que possibilitem pagar seus débitos, recompor sua receita e, assim, continuar a contribuir com o setor turístico brasileiro.

    A empresa está impedida judicialmente de fazer pagamentos referentes a transações realizadas até 29/08/2023, justamente para garantir a isonomia entre os credores. Mas reitera que compras e reservas posteriores ao dia 29 de agosto não sofreram qualquer alteração.

    A medida tem como objetivo assegurar reorganizar as atividades empresariais, bem como elaborar um plano para o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores. A 123milhas avalia que, desta forma, chegará mais rápido a soluções com todos os credores para, progressivamente, reequilibrar sua situação financeira.

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  • Criminoso que executou PM na presença da família é localizado; ele estava entre os mais procurados de MG

    Criminoso que executou PM na presença da família é localizado; ele estava entre os mais procurados de MG

    Read Time:1 Minute, 38 Second

    Felipe Augusto Rodrigues Silva, vulgo ‘Gordinho’, já estava preso no Rio de Janeiro usando uma identidade falsa e foi identificado. Ele assassinou um policial em 2016.

    Um criminoso que estava na lista dos mais procurados de Minas Gerais foi localizado no Rio de Janeiro neste final de semana, a pedido do Ministério Público de Minas Gerais. Felipe Augusto Rodrigues Silva, vulgo “Gordinho”, já estava preso no RJ utilizando uma identidade falsa.

    Ele foi um dos autores do assassinato do policial militar Vanderly Geraldo Reis, executado na presença da esposa e dos filhos em 2016, na cidade de Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais. Além disso, ele também tinha passagem por roubo em Uberlândia.

    “Gordinho”, de 25 anos, estava usando uma carteira de identidade falsa expedida em SP, com o nome Gabriel Matias de Santa Rita. Desde novembro do ano passado, ele já estava no presídio no Rio de Janeiro por roubos na cidade.

    O MPMG identificou a farsa na identidade e constatou se tratar de Gordinho nesta sexta-feira (15), mantendo-o preso no Complexo Penitenciário Gericinó.

    De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), ele possui condenações que somam mais de 45 anos de prisão, com pena remanescente de 38 anos, por crimes como homicídio qualificado, roubo majorado, adulteração de sinal de identificador de veículo e corrupção de menores.

    Denúncia ao MPMG
    O Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais de Minas Gerais (Caocrim), do MPMG, recebeu a denúncia via ouvidoria e iniciou as investigações.

    Os oficias obtiveram as digitais que deram origem às carteiras de identidade original e falsa de Felipe, mediante troca de informações com os Ministérios Públicos de RJ e SP.

    Um laudo foi realizado junto à Polícia Civil de Minas Gerais, que comprovou que as digitais de Gordinho e do suposto Gabriel eram as mesmas.

    O ato de trocar de nome utilizando de documentos falsos é conhecido entre os criminosos faccionados como “nascer de novo”.

     

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  • Instituto do consumidor suspeita que dados de clientes da 123 Milhas foram vazados

    Instituto do consumidor suspeita que dados de clientes da 123 Milhas foram vazados

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    Consumidores estão recebendo mensagens pelo WhatsApp de golpistas, que pedem o preenchimento de um formulário com informações pessoais, como cartão de crédito.

    O Instituto Brasileiro de Consumidores e Titulares de Dados (IBCTD) suspeita que dados dos clientes da 123Milhas foram vazados.

    Segundo o IBCTD, esses consumidores estão recebendo mensagens pelo WhatsApp de golpistas, que pedem o preenchimento de um formulário com informações pessoais, como cartão de crédito.

    O instituto afirma que encaminhou a denúncia à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).

    “A empresa 123 Milhas nega que houve vazamentos de dados. Entretanto, o IBCTD encaminhou a denúncia para a Secretaria Nacional do Consumidor, gestora do portal consumidor.gov.br, ao Reclame Aqui e Autoridade Nacional de Proteção de Dados – para investigação se houve vazamento de informações sensíveis”, diz o comunicado publicado no site do Instituto.

    A reportagem procurou a 123Milhas para um posicionamento e aguarda retorno.

    Consumidores sem viagem
    A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) também investiga se a 123 Milhas obteve vantagens na venda de bilhetes aéreos. O inquérito policial reúne mais de 150 registros de ocorrência encaminhados à Delegacia de Defesa do Consumidor, em Belo Horizonte.

    Na segunda-feira (4), a corporação começou a ouvir os consumidores prejudicados. A previsão é de que testemunhas e representantes da empresa sejam intimados a dar esclarecimentos ainda neste mês.

    No dia 18 de agosto, a agência suspendeu pacotes e a emissão de passagens promocionais com embarques previstos a partir de setembro de 2023. A interrupção do serviço levou à abertura de uma série de ações na Justiça e até um pedido de recuperação judicial.

    Segundo a PCMG, a investigação apura se empresa teve benefícios ao, supostamente, vender os tíquetes mais baratos com antecedência e em quantidades maiores do que a disponibilidade de voos.

    “A princípio, nós trabalhamos com algumas linhas investigativas. Poderiam (se enquadrar) num crime contra economia popular, supostamente até uma pirâmide financeira, um crime contra a relação de consumo ou até mesmo um estelionato”, afirmou a delegada Elyenni Célida da Silva.

    Além disso, os investigadores verificam se a operadora cometeu crimes ao suspender a emissão dos bilhetes e utilizar vouchers como forma de reembolso. Alguns indícios poderiam configurar uma pirâmide financeira.

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  • Pâmela Volp, Paula Volp e Paula Coco, entenda quem são as investigadas no esquema de intercâmbio e exploração de travestis e transexuais em MG e SC

    Pâmela Volp, Paula Volp e Paula Coco, entenda quem são as investigadas no esquema de intercâmbio e exploração de travestis e transexuais em MG e SC

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    Oito mandados foram expedidos em Uberlândia e Bom Despacho, em Minas Gerais, e Criciúma (SC). Ação faz parte da 7ª fase da operação Libertas.

    Mandados de prisão foram cumpridos nesta quarta-feira (6) em Uberlândia e Bom Despacho, em Minas Gerais, e em Criciúma (SC) durante a 7ª fase da operação “Libertas” que investiga a exploração sexual de travestis e transexuais.

    Dos alvos, sete deles foram presos e uma está foragida. O esquema funcionava com dois núcleos, um em Uberlândia e outro em Criciúma, e contava com a participação das citadas.

    A partir de Pâmela Volp, cada um dos investigados tinha uma função diferente no esquema criminoso, que é investigado desde 2021. O g1 e a TV Integração tentam contato com as defesas dos citados.

    Pâmela Volp é suspeita de comandar um esquema criminoso desde 1992. Na denúncia do Gaeco, ela é apontada como o principal alvo do grupo.

    Presa desde 2021 pela operação “Libertas”, ela também é investigada por criar um sistema de extorsão dentro do Presídio Professor Jacy de Assis.

    Na ocasião, foi apurado que ela vendia produtos como cigarros, material de limpeza, comida e estabelecia juros para os “clientes”. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, Pâmela também causou intenso sofrimento psicológico e físico a uma travesti dentro do presídio.

    Ela chegou a ser vereadora em Uberlândia, mas teve o mandato cassado em 2020 após a operação “Má Impressão”, que apurou esquema de desvio de verbas de gabinete por meio de gráficas.

    Paula Volp
    De acordo com o Gaeco, Paula Volp é filha de Pâmela Volp. Ela foi presa na primeira fase da operação, em novembro de 2021, e aguardava o andamento do processo em liberdade desde março de 2023.

    Conforme a investigação, ela era responsável por cuidar das questões financeiras do esquema. O Gaeco classifica que as duas têm um “elo estreito” e que entre 2005 e 2006, Paula já foi gerente de uma pensão de Pâmela em Milão, na Itália.

    Luara Rodrigues da Silva
    Luara é natural do Tocantins. Ela também fazia parte do núcleo financeiro e de fiscalização de Pâmela. Ela era uma das responsáveis por recolher os valores das diárias e fazer o controle dos pagamentos, além de organizar a divisão dos quatros nos alojamentos.

    Segundo o Gaeco, ficou responsável por fazer a cobrança após a prisão de Pâmela e Paula Volp.

    Em 2021, quando era presidente da Associação Triângulo Trans, Luara foi agredida na rua, em Uberlândia. O ataque foi filmado por colegas do agressor.

    Marlon Francisco Pires
    Marlon é o marido de Luara e também era responsável pelo recebimento dos pagamentos e organização deles. Com ele foi encontrado o caderno com o controle das diárias de travestis e transexuais de Uberlândia. Ele recebia os valores que Paula e Luara cobravam.

    Paula Coco
    Conforme o Gaeco, Paula Coco ajudou no esquema após a prisão de Pâmela Volp e depois retornou para Criciúma. Ela era uma das organizadoras do “intercâmbio” de travestis entre Minas Gerais e Santa Catarina.

    Na primeira fase da operação, Coco estava na casa de Pâmela, mas não era alvo naquele momento. Além de cuidar da organização em Criciúma, ela prestava apoio em Uberlândia sempre que necessário.

    Michelli Falcheti
    Michelli é a esposa de Paula Coco e uma das responsáveis pelo núcleo de Criciúma. As duas espalharam alojamentos pela cidade catarinense, para realizar a exploração das travestis e transexuais.

    Assim como Pâmela fez em Uberlândia, as duas implementaram a “franquia” para exploração na cidade, com pontos de prostituição e cobranças de diárias.

    Gabriela Francisco Rodrigues

    Gabriela trabalhou e morou na casa de Pâmela Volp em Uberlândia, mas depois foi transferida para Criciúma, onde se tornou o braço direito de Paula Coco e Michelli. Ela fazia a ronda e fiscalização em pontos da cidade, controlando brigas e até recebendo o dinheiro referente às diárias das vítimas.

    Ela está foragida, após viajar para a França.

    Mariana Tadeu Bettim Pinto
    Mariana fez parte do núcleo do sul do país na tentativa de venda de uma propriedade de origem criminosa. A intenção era tornar um ativo ilícito em regular, manipulando o documento de venda.

    Ela atuou como “testemunha” do negócio para dar suporte à organização criminosa, lavar dinheiro e dificultar as investigações.

    Operação
    No dia 8 de novembro de 2021, o Gaeco deflagrou a ação que visava combater uma organização criminosa e, entre os alvos, estava a ex-vereadora Pâmela Volp, a filha Paula Volp e Lamar Bionda.

    Além da exploração, também há registros de travestis e transexuais em situação de trabalho análogo à escravidão, que foram resgatadas.

    Na mesma operação, Pâmela e Paula Volp foram denunciadas pelo MPMG por uma tentativa de latrocínio ocorrida em 2018 contra uma travesti, em Uberlândia.

    Entre os crimes cometidos pela quadrilha estão associação criminosa, exploração sexual, manutenção de casa de prostituição, roubo, lesão corporal, homicídio, constrangimento ilegal, ameaça, posse e porte de arma de fogo.

    Ainda segundo o MPMG, há relatos de que o esquema criminoso tenha iniciado em 1992 e, assim, já dura 30 anos.

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  • Grupo criminoso suspeito de transportar drogas em caixões é alvo de operação em Minas

    Grupo criminoso suspeito de transportar drogas em caixões é alvo de operação em Minas

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    Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), cumpre mandados de prisão, busca e apreensão.

    A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), coordenada pela Policia Federal e composta pelas Polícias Civil, Militar, Penal Estadual e Penal Federal, deflagrou na manhã desta quarta-feira (6), a Operação Ataúde (caixão), que apura a atuação de um grupo criminoso suspeito de transportar drogas em urnas e carros funerários.

    A ação acontece desde as primeiras horas da manhã, nas cidades de Governador Valadares, zona rural de Frei Inocêncio, Belo Horizonte, São Joaquim de Bicas, Rio Manso, Três Corações, Pará de Minas e Pouso Alegre. 20 mandados de prisão, busca e apreensão são cumpridos. 24 contas bancárias foram bloqueadas.

    Em Valadares, os bairros alvo da operação são: Castanheiras, Santa Helena, Palmeiras e Planalto.

    Um helicóptero está sendo usado para dar apoio a operação.

    Em uma casa do bairro Palmeiras, três pessoas foram presas, dois revólveres e drogas foram apreendidos. A quantidade dos entorpecentes apreendida ainda não foi divulgada.

    Segundo a polícia, outras seis pessoas foram presas.

    Segundo a polícia, a organização criminosa é responsável pela remessa de quase 150 kg de drogas foram apreendidas em três ocasiões distintas.

    No dia 27 de novembro de 2020, 10 kg de pasta base de cocaína e 48,5 kg de crack, em Ituiutaba, pela Polícia Militar, após perseguição a uma caminhonete que desobedeceu a uma ordem de parada. Durante a fuga, o veículo bateu de frente com uma Kombi, e o motorista morreu. A droga foi encontrada no dentro da caminhonete e o motorista foi preso.

    Já no dia 10 de novembro de 2022, a Polícia Rodoviária Federal abordou um carro funerário, em Vargem (SP), de empresa sediada em Minas Gerais e foi encontrado, no interior de um caixão, 50 kg de crack e uma pessoa foi presa.

    No dia 30 de maio de 2023, em Governador Valadares, a Polícia Militar de Minas Gerais realizou a abordagem e a prisão de cinco pessoas que transportavam 27 kg de crack, no interior de um carro funerário, que iria para uma associação criminosa, sediada em Valadares, e especializada no comércio ilícito de entorpecente, sendo essa a segunda associação investigada.

    A PF informou que um dos líderes dessa associação, que está preso, controla as atividades criminosas do interior presídio. E recentemente, ele foi condenado a 26 anos de prisão, pelo crime de homicídio.

    Durante as investigações foram identificadas pelos órgãos de controle movimentações financeiras suspeitas que somam mais de 350 milhões de reais e são alvos de investigação da FICCO/GVS.

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